terça-feira, 29 de maio de 2018

Falta combustível em nove aeroportos do país, diz Infraero

Após a negociação com os caminhoneiros para encerrar os protestos, ainda falta combustível em pelo menos nove dos 54 aeroportos administrados pela Empresa Brasileira de Infraestrutra Aeroportuária (Infraero) no país. Em balanço atualizado à 1h05 desta terça-feira (29), a empresa informou que monitora o abastecimento de querosene de aviação por parte dos fornecedores que atuam nos terminais.
Os aeroportos que estão com falta de combustível são Foz do Iguaçu (PR), Paulo Afonso (BA), Teresina (PI), Palmas (TO), João Pessoa (PB), Ilhéus (BA), Cuiabá (MT), Imperatriz (MA) e Petrolina (PE). Aos passageiros, a Infraero recomenda que procurem as companhias para consultar a situação de seus voos.
Apesar da falta de querosene, os aeroportos estão abertos e têm condições de receber pousos e decolagens. Nos terminais em que o abastecimento está indisponível no momento, as aeronaves que chegarem só poderão decolar se tiverem combustível suficiente para a próxima etapa do voo.
A Infraero alertou aos operadores de aeronaves que avaliem os planejamentos de voos para que definam a melhor estratégia de abastecimento, de acordo com o estoque disponível nos terminais de origem e destino.
Segundo a assessoria, a empresa está em contato com órgãos públicos ligados ao setor aéreo para garantir a chegada dos caminhões com combustível de aviação aos aeroportos administrados pela empresa.
Agencia Brasil 

Forças Armadas e polícia escoltam 300 caminhões de alimentos ao Rio

Uma força-tarefa envolvendo militares, policiais rodoviários federais e policiais militares fizeram uma operação, na madrugada de hoje (29), para escoltar 300 caminhões com alimentos perecíveis. Os produtos saíram da região serrana fluminense para a cidade do Rio de Janeiro.
Os veículos começaram a deixar a serra fluminense a partir da meia-noite e meia. Os caminhões se deslocaram da RJ-130 para a unidade de Irajá, das Centrais de Abastecimento (Ceasa) do estado.
Na última semana, a Ceasa de Irajá, principal central de abastecimento de alimentos da cidade do Rio, sentiu o impacto da paralisação dos caminhoneiros, que reduziu o abastecimento de alimentos e provocou alta de preços de vários produtos. Ontem, 90% das lojas da Ceasa não abriram as portas, devido à falta de alimentos.
Agencia Brasil 

Grupos políticos estão bloqueando caminhões nas rodovias, diz ABCam

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCam), José da Fonseca Lopes, afirmou hoje (28) que cerca de 250 mil caminhões são mantidos em pontos de paralisação em diversas regiões do país, como Bahia, Pernambuco e São Paulo. Esse número representa cerca de 30% do total que ficou parado ao longo do últimos dias da greve. Segundo ele, está havendo uso político do movimento para derrubar o governo de Michel Temer.   
"Vou fazer uma denúncia bastante séria: não é o caminhoneiro mais que está fazendo greve. Tem um grupo muito forte de intervencionistas nisso aí, eu vi isso agora em Brasília na parte da manhã. Eles estão prendendo caminhão em tudo quanto é lugar. São pessoas que querem derrubar o governo. Eu não tenho nada a ver com essas pessoas e nem nossos caminhoneiros autônomos têm, mas eles estão sendo usados para isso", afirmou, durante coletiva de imprensa, em Brasília. 
De acordo com o presidente de ABCam, intervencionistas seriam grupos políticos defensores da intervenção militar no país. Ele pediu apoio do governo federal para desmobilizar esses bloqueios remanescentes. "Tem muitas lideranças que se se dizem lideranças, mas que estão envolvidas com partido político e são presidentes de diretórios municipal e estadual. Estou levantando nomes, lugares onde está acontecendo isso e vou entregar na mão do governo, que é ele [governo] que tem que resolver isso". 
Questionado por jornalistas, Fonseca não quis dar nomes de pessoas ou partidos que poderiam estar envolvidos nos bloqueios. Ainda de acordo com o dirigente da associação, os caminhoneiros que permanecem em pontos de paralisação estão sofrendo ameaças. "Estão sendo ameaçados de forma violenta. Não mostram arma, mas levantam a camisa". Para a ABCam, os pontos de de paralisação não falam em nome da entidade. "Estão usando o caminhoneiro como bode expiatório. Nossa missão foi cumprida, 60% do país está sem movimento nenhum", garantiu.   
Fonseca citou a existência de pontos de bloqueio na região da Vila Carioca, em São Paulo, onde há uma refinaria da Shell, e também no entorno das montadoras de automóveis, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Já na Baixada Santista, no Porto de Santos, o fluxo está liberado, afirmou o presidente da ABCam.  
Mais cedo, o presidente da República Michel Temer afirmou ter "absoluta convicção" de que a paralisação dos caminhoneiros terminará até esta terça-feira (29) .  
Agencia Brasil

Conab lança chamada pública para contratar caminhoneiros autônomos

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) abriu hoje (28) uma chamada pública para a contratação de caminhoneiros autônomos para serviços de frete. O serviço requerido pela companhia prevê a remoção de 26 mil toneladas de milho dos estoques públicos localizados em Sorriso/MT para a cidade de Palmeira do Piauí/PI.
chamada pública é um dos pontos acordados entre governo e caminhoneiros. A contratação de autônomos pela Conab, que é uma empresa pública, faz parte dos 12 itens do acordo fechado entre as duas  na semana passada. A Medida Provisória nº 831 oficializou o combinado.
A chamada pública de frete é destinada às cooperativas de transportadores autônomos de carga, às entidades sindicais dessa categoria e às associações de transportadores autônomos. A habilitação para a chamada pública será aberta a partir do dia 7 de junho, com entrega de propostas no dia 8 e resultado em 12 de junho.
Agencia Brasil